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A MÃE DE JUDAS - Texto Teatral: Moisés Neto Direção: Carlos Sales


Matérias publicadas

• FOLHA DE PERNAMBUCO 5, Recife, sábado, 30 de outubro de 2004.

A Mãe de Judas estará em cartaz no Barreto Júnior

O SOFRIMENTO DA MÃE DE JUDAS

Fabiana Maranhão

A história do sofrimento da mãe de Jesus, quando ele foi crucificado e morto, atravessou os séculos e, nos dias de hoje, é conhecida mundialmente. Na mesma época, outra mãe sofreu da mesma forma que Maria, pois também teve um filho morto: a mãe de Judas Iscariotes, o discípulo e traidor de Jesus. Porém essa última história é praticamente desconhecida pelas pessoas. Cientes disso, os dramaturgos pernambucanos Albemar Araújo e Moisés Neto escreveram o texto teatral A Mãe de Judas – A Louca, que contam histórias não apenas sobre a mãe de Judas, mas também de outras mulheres contemporâneas que sofrem por seus filhos. Esse texto será encenado, pela primeira vez no Estado, pela Cia. Macambira de Teatro, hoje e amanhã, às 20h, no Teatro Barreto Júnior, no Pina.

O espetáculo, com direção de Carlos Salles e Normando Roberto Santos, que também atua na montagem, apresenta cinco histórias de mulheres que sofrem por causa dos autos cometidos por seus filhos, desde a época em que viveu a mãe de Judas até os dias atuais, quando uma mãe depara-se com a dor de ter um filho preso. “O texto tenta mostrar ao público que o sofrimento da mãe de Jesus, da mãe de Judas e de tantas outras que perdem seus filhos é o mesmo. São os mesmos sentimentos de dor e perda”, explica um dos diretores, Normando Roberto Santos. De acordo com ele, as histórias da peça não têm relação religiosa, apenas abordando a questão do sofrimento maternal. O espetáculo A Mãe de Judas - A Louca terá apresentações únicas hoje e amanhã.


• CADERNO C – JORNAL DO COMMERCIO, Recife, sábado, 30 de outubro de 2004.

ARTES CÊNICAS

A MÃE DE JUDAS REDIRECIONA O FOCO DE UM FATO BÍBLICO

Espetáculo procura mostrar o sofrimento daquela que era mãe do homem que traiu Jesus Cristo

ADELAIDE IVÁNOVA

Na Bíblia, os velhos anciãos que presenciaram os últimos momentos da vida de Judas Iscariotes, repreenderam-no: “Que nos importa? Seja lá isto contigo!”. Depois de ver que sua intriga fez Jesus Cristo ser condenado, o traidor mais conhecido do mundo cristão decidiu dar cabo da própria vida. Ninguém achou ruim. Só a mãe dele, talvez. Mas disso a Bíblia já não fala.

A Mãe de Judas, texto de Moisés Neto e Albemar Araújo, é o espetáculo que estréia hoje, no Teatro Barreto Júnior e que vai tentar humanizar esta desconhecida figura. A peça investiga a personagem que, apesar de ter gerado um personagem bíblico importante, não é citada no livro.

Normando Santos, um dos diretores de A Mãe de Judas, explica que o desejo de se montar um espetáculo sobre a mãe de Iscariotes vem exatamente disso: não se fala dela. “Queríamos traduzir a dor de qualquer mulher. Independente do caráter de um filho, o sofrimento de uma mãe é igual para qualquer uma, quando vê sua cria em perigo”, detalha. Normando. Ele, além de dividir a direção com Carlos Salles, também atua na peça. A Companhia Macambira é quem integra o elenco e encabeça a produção.

No espetáculo, cinco quadros temáticos discutem os temas que envolvem a maternidade, sempre focando a mulher a quem o título se refere. Cada bloco traz visões particulares dos autores sobre esta enigmática figura. Algumas passagens são encenadas no período bíblico e outras remetem ao mundo contemporâneo – como Anunciadas I e Anunciadas II, cujas histórias se passam num presídio.

A montagem do espetáculo foi feita baseada no número de atores em cena. São sete monólogos que se interligam e que contam com participações dos outros atores. Nicole Vergueiro, uma das atrizes, diz que a interação com os outros atores, em cada monólogo, lembra um pouco dos coros das tragédias gregas. A atriz explica que cada ator pôde optar por um estilo, que vai da comédia ao melodrama. A gente vai mostrando tudo o que pode estar envolvido no assunto e, no fim, traz a redenção, no último monólogo”.

PRODUÇÃO – Com quatro anos de existência, a Companhia Macambira de Teatro já se acostumou a se envolver com outras coisas que não textos, marcações e expressão corporal. Sendo um grupo amador (termo aqui usado com todo o cuidado), existe dificuldade quanto a obtenção de patrocínios.

“Cada integrante do grupo ficou responsável por alguma parte da produção e nós mesmos cobrimos os custos”, explicou Nicole, que divide a profissão de jornalista com o amor aos palcos.


• JORNAL DO COMMERCIO. Caderno C - Página 4.
Recife, 08 de abril de 2005 – Sexta-feira.


A Mãe de Judas volta ao cartaz no Barreto Júnior

Espetáculo da Cia. Macambira enfoca personagem em épocas distintas: no período bíblico e no momento atual

A Cia Macambira realiza nova temporada do espetáculo A Mãe de Judas a partir de hoje, às 21h, no palco do Pina, o Barreto Júnior. A peça reúne textos do dramaturgo Moisés Neto e do ator Albemar Araújo, que idealizaram como seria o perfil da mulher que gerou o traidor de Cristo.







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